Comemoração do Dia da Poesia na ESAG

 

No dia 21 de março, pequenos grupos de alunos de algumas turmas do ensino básico e secundário da nossa Escola, comemoraram o Dia da Poesia, declamando poemas de diversos autores em diferentes turmas.

Os alunos envolvidos selecionaram textos de vários poetas, como, por exemplo, Antero de Quental António Gedeão, António Nobre, David Mourão-Ferreira, Eugénio de Andrade, Fernando Pessoa, Florbela Espanca, Mário Dionísio, Sebastião da Gama e Sophia de Mello Breyner Andresen.

Penso que tenha sido uma atividade interessante e pertinente, pois proporcionou um agradável contacto com a Poesia, motivando para o seu estudo, e envolveu leitores de diferentes idades, permitindo, assim, uma maior interação entre os alunos da escola.

 

 Mariana Braga, 12º I

Projeto “Literacia 3D”

lietracai

 

Os alunos Manuel Queirós Sousa e Gonçalo Alegre Ribeiro do 7º A participaram na fase local do Projeto Literacia 3D, iniciativa da responsabilidade da Porto Editora, que consiste num desafio nacional dirigido aos alunos dos 2º e 3º ciclos do Ensino Básico.

Este desafio pelo conhecimento decorre durante este ano letivo em três fases, local, distrital e nacional, com base em provas interativas disponibilizadas através da plataforma  online Escola Virtual e avalia a competência dos alunos na dimensão do saber Matemática (7º ano).

O grupo 500 aderiu a esta iniciativa com a colaboração e o empenho mais diretos da professora Joana Queirós contribuindo para ajudar os nossos alunos a consolidar as aprendizagens, a elevar os níveis de conhecimento e a motivar o gosto pela Matemática.

Os alunos obtiveram bons resultados, com classificações muito próximas. Com base no regulamento do concurso, o aluno Manuel Queirós Sousa foi o vencedor da 1ª fase e representará a nossa Escola na fase distrital, no próximo dia 2 de março.

Ao Manuel Queirós Sousa, ao Gonçalo Alegre Ribeiro e à Joana Queirós, parabéns pelos resultados obtidos e votos de sucesso na fase seguinte para o Manuel Queirós Sousa!

A Coordenadora do Grupo 500

A Grande vaga migratória do século XXI

Uma Grande Aula no Auditório da ESAG,

dia 26/01 pelas 11:30 , 1ª sessão e 14:30, 2ª sessão.

Desde final de Outubro, princípios de Novembro de 2015 que um pequeno grupo de 4 professores da área das Ciências Sociais e Humanas procuram despoletar o debate entre a comunidade escolar, sobre as questões atuais da Grande Vaga Migratória deste século XXI, alargando e integrando assim a controversa crise dos refugiados.

Divulgámos os nossos propósitos na comunidade, disponibilizámos material diverso sobre esta temática, recolhemos contributos de outros professores, de alunos do Básico e de alunos do Secundário … o debate começava a desenvolver-se e a justificar-se plenamente nesta nossa  Escola de Compreender o Mundo.

Desta forma,

  • em Novembro de 2015 o período das refeições na nossa sala polivalente foi preenchido com a passagem, sem tradução, da animação do YouTube , “The European Refugee Crisis and Syria Explained;
  • No 8º ano, este propósito ganhava formas novas nos desafios-problema das turmas A e B;
  • Em aulas de Português, de Filosofia, de Economia comentavam-se e refletia-se sobre textos, imagens, vídeos e construíam-se reflexões críticas, escritas ou orais, apresentações e debates, preparavam-se turmas/alunos para a Grande Aula… e, por certo, outros alunos ou aluno ou turma ou turmas desenvolviam outros trabalhos, atividades, apresentações multimédia …sobre este tema, que desconhecemos ainda mas que continuam a estar a tempo de nos serem indicados para que os possamos incluir neste momento final que se aproxima;
  • Paralelamente, e por diversas vezes, por email, em equipas pedagógicas, apelámos aos professores e diretores de turma à motivação e divulgação destes materiais nas suas turmas e à preparação específica das turmas de 12º ano para o debate final,
  • e convidámos e como público-alvo os alunos do 12º ano e as turmas A e B do 8º e 9º anos entidades exteriores à escola para concretizarem esta Grande Aula.

Neste momento podemos confirmar que tudo está a postos para A Grande Aula sobre a Vaga Migratória do séc. XXI, dia 26 de janeiro, no auditório da ESAG, pelas 11:30 (1ª sessão) e 14:30 (2ª sessão);

  • tem como orador principal a dra. Alexandra Carvalho, coordenadora de projetos do Conselho Português para os Refugiados(CPR)
  • e o debate é moderado pela professora Zilda Costa.

O que falta?

O convite aos professores para que acompanhem as turmas respetivas do 12ºano, 8º e 9º à Grande Aula, pois para os alunos a presença é obrigatória (na sessão a indicar),

o convite a todo o assistente ou auxiliar que pretenda igualmente participar e

Apelar, pela última vez, aos alunos, turmas, professores que desenvolveram qualquer atividade ou apresentação (escrita, oral, multimédia) sobre esta temática a contactarem-nos*, pois ainda estão a tempo de participarem integradamente nesta Grande Aula.

Contacto georginateixeira@esag-edu.net

Indiquem nome/s, turma, ano e professor responsável e tipo de apresentação e temática específica.

Participemos, como comunidade escolar, na Grande Aula, no debate sobre a Grande Vaga Migratória do séc.XXI, no próximo dia 26 de janeiro.

Uma breve referência biográfica sobre a nossa oradora/convidada:

Alexandra Carvalho é licenciada em Antropologia pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (UNL) e trabalha há já 16 anos com públicos migrantes – área em que se especializou; de 2000 a 2001 trabalhou na Organização Internacional para as Migrações (OIM) e como Assistente de Projeto no Centro de Informação “Em Cada Rosto… Igualdade”; a partir de 2003 passa a ser Coordenadora de Projetos, no Conselho Português para os Refugiados (ONGD).

PROFESSORAS Ana Sarmento, Filosofia, Fátima Martins, Economia, Georgina Teixeira, História e Zilda Costa, Geografia

 

GrandeAula

From Sudan, with a message of Peace

Emmanuel JalFormer child soldier, musician and activist Emmanuel Jal

For five years, young Emmanuel Jal fought as a child soldier in Sudan. Rescued by an aid worker, he’s become an international hip-hop star and an activist for kids in war zones. In words and lyrics, he tells the story of his amazing life.

https://www.ted.com/talks/emmanuel_jal_the_music_of_a_war_child – Emmanuel Jal – the music of a war child

Jal was currently nominated for a 2015 Juno Award for “Best World Music Album.” 

Jal has been awarded the Calgary Peace Prize, the Humanitarian Award from the Hunt Institute, The Dresden Peace PrizeThe Mattie Stepanek Peacemaker Prize and has been honored by Ban Ki Moon at the UN for his peace efforts in South Sudan.

Jal continues to tour hundreds of schools, universities and communities worldwide as part of his We Want Peace educational tour across the US, Europe, Canada, Latin America and Africa.

http://www.gua-africa.org/our-founder/#prettyPhotoGua Africa

http://emmanueljal.com/ – Former child soldier, musician and activist Emmanuel Jal

 

Former child soldier Emmanuel Jal is now a hip hop star with a message of peace

(…)

Each album of mine always has a theme,” he says. “WARchild is about my story, my experience, what I have seen from the war and what I want to change. I want to make a difference.”

When Emmanuel was seven years old, he was recruited by the Sudan People’s Liberation Army. He was one of thousands of children forcibly conscripted by the fighting forces. Many of those children did not survive.

Emmanuel, however, was lucky. When he was 13, he met an aid worker who took him to Kenya, where he was enrolled in school and found his way to a new life. “I was educated,” he recalls. “It happened that I was helped.”

For Emmanuel, education was the invitation to expand his identity, not trade it for a new one.

I feel a responsibility. I was once one of them and I know a lot of child soldiers in the same position,” he says.

Emmanuel has a profound understanding of the conditions that led to his becoming a child soldier and he is determined to use his own skills and talent to share his experiences with the world. He uses hip hop to spread a powerful message of peace and reconciliation.

I survived to tell a story,” he says. “I tell my story through the music. I want to inspire people.”

Emmanuel’s message has been broadcast on a wide variety of outlets, including CNN and MTV. A documentary about Emmanuel called “Warchild” won the Cadillac Audience Award at New York’s Tribeca Film Festival in 2008.

Today, Emmanuel divides his time between London and Nairobi, but he has not forgotten his native Sudan.

While still living full-time in Kenya, he founded the non-profit organization Gua Africa, which is dedicated to educating children affected by war and poverty in sub-Saharan Africa. Its main aim is to build a school in Leer, Southern Sudan, where Emmanuel is from, and which has the highest number of child soldiers in the area.

The word “gua” means “peace” in Nuer, a language of Sudan.

Unicef, http://www.unicef.org

11º F e 11º H efetuaram visita guiada à exposição “15 Tesouros de Matosinhos – 500 Anos do Foral (1514-2014)

No dia 8 de outubro, os alunos do 11º F e 11º H efetuaram, no âmbito da disciplina de História A, uma visita guiada por Joel Cleto à exposição que se encontra patente na Galeria Nave dos Paços do Concelho: “15 Tesouros de Matosinhos – 500 Anos do Foral (1514-2014).
Esta visita integrou-se no âmbito do projeto existente na ESAG “À descoberta da História e Património Local” e visou, igualmente, desenvolver a curiosidade e o espírito crítico, a sensibilidade estética, a compreensão da pluralidade e a consciencialização desta efeméride no contexto da história local e nacional.
Para o sucesso da “viagem” efetuada durante mais de duas horas pelo espaço da exposição, muito contribuiu a cativante capacidade de comunicação de Joel Cleto que no final destacou o interesse e a participação destes alunos durante toda a visita.11º F_JC

11º H _JC

Noruega: Língua Portuguesa cada vez mais forte no sistema de ensino secundário

oslo

Noruega: Língua Portuguesa cada vez mais forte no sistema de ensino secundário

A disciplina de Língua Portuguesa passa a estar disponível em dois estabelecimentos de ensino secundário na Noruega, tendo sido adotada pela Trysil Upper Secondary School, depois de há um ano idêntica decisão ter sido tomada pela Arendal Upper Secondary School. (…)

Em dois anos consecutivos, a Trysil Upper Secondary School é a segunda escola que integra a Língua Portuguesa no sistema de ensino secundário norueguês.

ler mais: http://www.instituto-camoes.pt/lingua-e-cultura/noruega-lingua-portuguesa-cada-vez-mais-forte#sthash.2tbYkLwM.dpuf

http://duas-ou-tres.blogspot.pt/2014/10/portugal-na-noruega.html – Portugal na Noruega

 

O que nos diz o mar?

 

mar

O mar, a mim, faz-me sentir muito bem; faz-me sentir calma, tranquila, feliz e acompanhada … é como se eu pudesse desabafar com alguém. Gosto de ouvir as ondas a bater nos rochedos, mas também gosto de ver o mar sereno e contemplar a sua beleza tranquila. Ele faz-me lembrar uma pessoa que, quando se zanga, arma uma tempestade, mas, quando está feliz, está calma, alegre e tem um brilho muito próprio.

Quando vou à praia, gosto de ir para a água nadar e praticar outros desportos, tais como surf, bodyboard, kitesurf…Mas gosto preferencialmente de fazer mergulho e observar os peixes de todas as formas e cores! Depois, quando me farto, vou para a areia apanhar sol ou fazer gigantes castelos com baldes e pás. Antes de ir para casa, gosto de ir a um café próximo da praia comer um gelado ou beber um sumo acompanhado com uma deliciosa tosta mista, comtemplando a paisagem marítima. Parece que o mar é o espelho do céu, ou será que é o contrário?

Eu adoro o mar e, às vezes, até penso que gostava de ser um peixe para viver nas suas águas!

Mariana Ferreira – 7º C

 

Para mim, o mar significa tudo de bom: o Amor, a Paz, a Fraternidade,…

Sempre que me sento à beira mar, é como se ele falasse comigo, dizendo as palavras que a minha mãe costuma dizer.

É junto do mar que eu me inspiro e me alegro, mas também que eu  choro – ele faz parecer as minhas lágrimas menores; é com ele que falo e que recordo coisas boas; é com ele que me lembro de quem me faz feliz, mas também de quem já partiu.

Quando eu mergulho no mar, é como se ele me agarrasse e pedisse para eu ficar. Mas infelizmente, não sou uma sereia…

Quando estou triste, é ele que me faz sorrir; quando choro, é ele que me limpa as lágrimas; quando durmo, é com ele que gosto de sonhar.

Gosto imenso do mar, pois ele faz parte da minha vida e deixa-me feliz!

Inês Gomes – 7ºC

 

Eu vejo o mar como um paraíso onde tudo é tão bonito, tão calmo, tão inspirador e tão romântico! Junto dele e sentindo a sua brisa agradável é onde mais gosto de estar, de me refugiar dos meus problemas, de sonhar com coisas boas mas difíceis de concretizar. Parece que ele me dá força para lutar por elas.

O mar lembra-me um amigo verdadeiro sempre disponível para me ouvir desabafar e para me ajudar nos momentos difíceis. Ele não é uma pessoa, mas a sua água de um imenso azul e o cheiro a maresia parecem ter o poder de resolver os problemas da nossa vida e de nos dar coragem para enfrentar as nossas dificuldades.

O mar é o cenário de muitas histórias de amor, umas felizes, outras trágicas; ele foi e sempre será uma fonte inspiradora. Mas ele é também um elemento mais poderoso do que o ser humano e, por isso, temos de nos acautelar quando ele está zangado, para não corrermos riscos desnecessários.

Isabel Aires – 7º C

            Para mim, o mar é como um melhor amigo, alguém em quem posso confiar e com quem posso desabafar; conto-lhe todos os meus segredos e ele nunca os revela a ninguém.

O mar desperta-me a sensação de liberdade e de conforto e sempre me senti bem junto dele. Quando preciso de chorar, faço-o junto ao mar – a imensidade das suas águas faz com que as minhas lágrimas pareçam menores.

Para mim, o mar é como uma caixa de boas recordações e de memórias agradáveis que eu abro, sempre que contemplo a sua beleza. Por isso, digo que ele significa tudo para mim: liberdade, conforto, amizade, dor partilhada,…

Adoro sentar-me na areia a pensar e a repensar na vida e a desabafar com o mar. Já fiz isso vezes sem conta, porque sinto que não tenho mais ninguém em quem possa confiar tanto. Sinto-me mesmo bem, quando falo com o mar! É a melhor sensação do mundo ter “um amigo” tão disponível para nos ouvir e compreender!

Carolina Seoane – 7º C

 

O mar azul, calmo, transparente e imenso deixa-me completamente deliciada ao vê-lo e ao senti-lo! Ele chama-me para desfrutar dele e transmite-me sensações de paz, de pureza, de simplicidade e de infinito. Faz-me lembrar um paraíso onde reina a cor azul, a alegria e a plenitude!

Para cada um de nós, ele representa coisas diferentes; mas, para mim, ele é um elemento completo e perfeito que quer que cuidem bem dele. O mar é como um ser humano com sentimentos, que se revolta contra quem não o respeita e não o cuida e, nessas alturas, ele é cruel, feroz e destruidor.

É verdade que, às vezes, ele também é injusto, pois vira a sua ira contra gente inocente que não contribuiu para a sua poluição nem se arriscou demasiado entrando nas suas águas sem os devidos cuidados. Mas muitos seres humanos também são injustos e nós continuamos a gostar deles…

Eu penso que devemos todos aprender a lidar com o mar e ele nos saberá recompensar!

Bianca Alves – 7º C

Liderança, Mudança e SuperVisão Transformadora

Subjacente a qualquer perspetiva de mudança e de transformação, está a observação e a problematização de possibilidades, as quais, enquanto práticas supervisivas se assumem como fundamentais.

A mudança, numa ótica de transformação e não de adaptação, assume um papel primordial, onde a implicação (envolvência) deve estar presente. A supervisão é uma procura, uma busca de mais e melhor, numa lógica colaborativa, atentos ao facto de ser, ou não, o momento para a transformação.

A dimensão interpessoal, a inteligência emocional, “capacidade de reconhecer os nossos sentimentos e os dos outros, de nos motivarmos e de gerirmos bem as emoções em nós e nas nossas relações” (Goleman, 2001:323), ou seja, as competências relacionais, não podem ser dissociadas dos aspetos ligados à Liderança, Mudança e SuperVisão Transformadora.

O líder, enquanto “coach”, é um impulsionador de talentos, distinguindo-se pela sua integridade e capacidade de estabelecer relações cordiais, de diálogo recíproco e com consenso.

Contudo, e não obstante todos estes progressos, na escola do século XXI, o grande desafio continua a ser, como afirma Perrenoud (2004:83), “(…) definir uma equipa como um grupo reunido em torno de um projeto comum, cuja realização passa por diversas formas de acordo e de cooperação”, mas em que se assume como fundamental a tarefa de coordenar e dirigir uma escola com todos os parceiros e tendo como referência o paradigma de uma pedagogia para a vida (Úcar, 2012:71).

À escola, nesta segunda década do século XXI, colocam-se essencialmente três grandes desafios: ser capaz de conjugar a racionalidade económica com uma regulação que se pretende crítica e democratizante e que associe a(s) (re)construção(ões) da profissionalidade docente com a (re)organização da escola; criar a capacidade de mudança na própria escola e fazer com que essa mudança seja sustentável, ou seja, a capacidade de a escola continuar a adaptar-se e a encarar a melhoria face a novos desafios e a novos contextos – school’s capacity for managing change – (Bolívar, 2012:22).

Torna-se imperioso um esforço coletivo de apropriação do futuro, onde os professores têm de assumir, cada vez mais, aquilo que designamos como uma “postura P.O.P.” (Plasticidade; Organização e Positividade).

 

Poema escolhido por Manuela Gens para o Dia Mundial da Poesia

Esta Gente / Essa Gente

O que é preciso é gente
gente com dente
gente que tenha dente
que mostre o dente

Gente que não seja decente
nem docente
nem docemente
nem delicodocemente

Gente com mente
com sã mente
que sinta que não mente
que sinta o dente são e a mente

Gente que enterre o dente
que fira de unha e dente
e mostre o dente potente
ao prepotente

O que é preciso é gente
que atire fora com essa gente

Essa gente dominada por essa gente
não sente como a gente
não quer
ser dominada por gente

NENHUMA!

A gente
só é dominada por essa gente
quando não sabe que é gente

 Ana Hatherly

Milésima publicação, mais de duzentos mil visitantes…

999 posts passaram

Muitas histórias nós contámos

Mas as histórias não acabaram

E hoje somente celebramos

Partilhamos vivências e conhecimentos

Divulgamos resultados e experiências

Que aqui ficam, perpetuados no tempo.

1000 posts de lembranças

Que deixam em nós a saudade

A convicção e a esperança

Que nos ajudem na nossa escolaridade

Ciências, letras cultura e lazer

Material para todo o gosto

Sabendo que nada nos dá mais prazer

Do que ver a satisfação no nosso rosto.

Deixamos aqui a promessa

De que este rumo é para continuar

Estaremos aqui para (nos) acompanhar

E ajudar no nosso ano escolar

E quando chegarmos ao 2000

Cá estaremos para celebrar.

Vítor Santos

César Gavina

Rita Reitor

Francisca Bessa

Nuno Santos

Regresso às origens

Quando os seus pais lhe disseram que iam visitar a aldeia onde tinham nascido, nunca o Alfredo pensou que aquela visita iria ficar gravada para sempre na sua memória e modificar a vida do seu núcleo familiar.
Logo que chegou, ficou deslumbrado com o aspeto geral daquela pequena povoação: casinhas brancas rodeavam uma imponente e bem conservada igreja românica; as árvores de diversos tons de verde, serviam de hotel aos pássaros que cantavam, parecendo cumprimentar-nos logo à chegada; o céu azul parecia não ter fim e o cheiro das flores era transportado pela suave brisa que acariciava o rosto do jovem.
E as pessoas? Todas elas lhe pareceram simples, alegres e afáveis. Vieram, sorridentes, falar com os seus pais, olhando-os nos olhos com ar amistoso e hospitaleiro. Falaram também com ele, como se o conhecessem há muito tempo, o que o fez sentir-se imediatamente integrado naquela aldeia. Soube logo o nome de vários habitantes: a dona Rita, gentil e bonita; o senhor Aníbal, que os convidou para provar os bons produtos da terra; o senhor Joaquim e a sua esposa Judite, um casal encantador, que conversava sem pressa nem preocupações de chegar ao trabalho; e a dona Aurora, que não se cansava de, calmamente, lhes dar conselhos. Parecia que, naquele lugar, o tempo passava lentamente.
Na manhã seguinte, o Alfredo levantou-se cedo e caminhou em direção ao nascer do sol, apreciando a natureza. Gostou de tudo, mas admirou particularmente uma majestosa árvore junto da qual se sentou e um moinho cujas velas se moviam sem parar.
Foi então que decidiu pedir aos seus pais para ficarem a morar naquela aldeia para poderem saborear, calmamente, cada segundo das suas vidas. E eles, que estavam desempregados, gostaram da ideia de regressar às origens.

Pedro Rocha, 12º K, Curso Profissional de Gestão

“A minha escola adota um museu”

No passado dia 31, a turma do 11ºK, do Curso Profissional de Turismo, realizou uma visita de estudo ao Museu Nacional Soares dos Reis, no âmbito do projeto “A minha escola adota um museu”, organizada pelas professoras Alexandra Lima e Helena Ribeiro.

A visita teve como principais objetivos o estudo das obras “O Desterrado”, “A Flor Agreste” e “O Retrato da filha dos Condes de Almedina” de António Soares dos Reis. A doutora Paula Azeredo foi a nossa guia e ajudou-nos a desenvolver o nosso mapa de ideias em relação às obras da autoria do escultor. Foi interessante o modo como fomos cativados para observar as obras utilizando os nossos sentidos, as nossas emoções e a nossa imaginação.

A propósito de “O Desterrado”, o nosso colega Bruno Faria, num momento de inspiração quando observava a obra, escreveu o seguinte poema:

Sentado,

Sobre enrugado rochedo

Deprimo com tal razão,

Tal incentivo para o medo.

Penso para onde me poderei levar,

Sentado sobre este rochedo,

Observando o mar.

ESCOLAS RESPONDERA​M À CHAMADA E LANÇAM IDEIAS PARA A CIDADE DO PORTO

PORTO – Sete escolas da área metropolitana do Porto responderam à Call do Concurso de Ideias sob o tema “Turismo e Mobilidade”, concurso associado ao Cluster Sea Cities do projeto KiiCS (Knowledge Incubation in Innovation and Creation for Science) – projeto financiado pela Comissão Europeia que visa o estabelecimento de uma aliança forte entre a Arte, a Ciência e a Tecnologia. 62 alunos submeteram 15 projetos, sob a coordenação de 22 professores.

O concurso, organizado pela Fundação da Juventude, pretendia que jovens com idades compreendidas entre os 16 e os 18 anos – preferencialmente a frequentar o ensino secundário dos cursos profissionais da área de Turismo – se reunissem em grupo e, com a ajuda de um professor/coordenador, criassem uma ideia de negócio com ligação entre a área das ciências e das artes, fazendo referência à área do Turismo e Mobilidade e tendo como tema central a cidade do Porto.

Dos 15 projetos apresentados, foram pré-selecionados seis, num total de 27 alunos, 7 professores e 4 escolas envolvidas.

Estes vão receber apoio de tutoria e participar em workshops no sentido de continuarem o desenvolvimento da ideia. O prémio para o projeto vencedor é uma viagem ao Parlamentarium (Centro de visitas do Parlamento Europeu) em Bruxelas, com a duração de 3 dias.

Projetos pré-selecionados

“BlindSenes” é um dos seis trabalhos pré-selecionados. As alunas Ana Lopes, Carolina Alves, Diana Lago, Liliana Oliveira e Sofia Oliveira, da Escola Profissional de Espinho, são as autoras, com a coordenação da professora Patrícia Martins. “Espaço Multiusos do Freixo” é outro dos projetos selecionados, da autoria das alunas Ariana Maia, Cátia Nova, Liliana Alves, Joana Ferreira e Sara Correia, da Escola Profissional do Infante (Vila Nova de Gaia) e sob a coordenação da professora Arlinda Oliveira.

A Escola Secundária Augusto Gomes, em Matosinhos, está representada nesta pré-seleção com três projetos. “Às Voltas pela Cidade” é um deles, da autoria de Ana Tavares, Joana Neves, Mauro Filipe, Pedro Teixeira e Solange Andrade, sob a coordenação das professoras Helena Ribeiro e Olga Gaspar. “De Coche pelo Porto” é outro desses projetos, da autoria de João Conceição, Jorge Teixeira, Pedro Tiago e Miguel Chaves, sob a coordenação da professora Helena Ribeiro. Ainda da mesma Escola, foi pré-selecionado o projeto “Porto dos Pequeninos”, da autoria de Inês Moreira, Maria Inês, Tiago Fernandes e Vanessa Rodrigues, mais uma vez sob a coordenação da professora Helena Ribeiro.

A fechar os seis projetos pré-selecionados está “Arquitetura do Ferro na Cidade do Porto”. Paulo Vieira, Pedro Carneiro, Vanessa Pinto e Carlos Pinto representam assim a Escola Secundária Alexandre Herculano (Porto), sob a coordenação da professora Ana Ferreira.

Desenvolvimento dos projetos

Os trabalhos pré-selecionados devem ser desenvolvidos até ao dia 20 de junho, sendo a avaliação final realizada na última semana de junho.

Os autores dos trabalhos deverão entregar um relatório final do projeto, que poderá ser complementado com outros suportes (vídeos, fotografias, PowerPoint, maquete, cartazes, desdobráveis). Cada grupo deve também fazer a apresentação oral do trabalho perante o júri, na qual será feita a avaliação final.

Notícia publicada em jornal.pt
Os alunos da turma do 11ºK de turismo aceitaram o desafio da Fundação da Juventude, obtendo bons resultados na 1º fase do concurso – três anteprojetos foram aprovados. Cabe-lhes agora a tarefa de desenvolverem bons trabalhos e fazerem uma boa apresentação final para poderem rumar a Bruxelas
Felicidades para este grupo de alunos e parabéns pelo que já alcançaram.
Helena Ribeiro

No topo daquela montanha…

Quando cheguei ao topo daquela montanha, fiquei deslumbrado com a paisagem! Nunca tinha visto nem sentido nada assim! Experimentei a sensação de dominar um mundo verde e branco. O verde das ervas, das árvores e do rio transmitia-me energia e dava-me forças; o branco dos vestígios da neve que caíra tinha o poder de me acalmar e de me fazer refletir. Não sei porquê, mas aquele ambiente calmo e majestoso fez-me sentir protegido, pensando que tudo ia melhorar na minha vida. As minhas preocupações quase se desvaneceram. Pareceu-me que os peixes daquele rio límpido nadavam felizes e se sorriam para mim, o que me agradou.

Ao olhar para aqueles pinheiros muito mais altos do que eu, mas que pareciam pequenos no conjunto da paisagem, refleti no que já vivi, no que estou a viver e no que gostaria de viver futuramente. Nesse momento, fiquei triste, pois pensei que dificilmente conseguirei realizar alguns dos sonhos que tenho…

Foi então que tive uma sensação estranha: era como se os pinheiros quisessem falar comigo e dar-me coragem para viver calma e alegremente. Senti-me como se tivesse nascido de novo e pensei que não devia desistir dos meus sonhos. Aquele lugar encantador, seguro e tranquilo deu-me forças e transmitiu-me uma lição de vida. Resolvi escrever este texto para documentar esse acontecimento e reforçar o meu novo estado de espírito mais otimista.

 

 Arlindo Mendonça

 12º J (Curso Profissional de Turismo)

Viver no campo pode ser um sonho e um ato de sabedoria…

No ano passado, os meus pais resolveram levar-nos a passar férias no campo. Quando chegámos ao local por eles escolhido, a fabulosa paisagem que pude contemplar transmitiu-me uma enorme paz e bem-estar.

Os dias que lá passámos foram fantásticos: Logo pela manhã, gostava de nadar no riacho cuja ligeira ondulação batia nos nossos corpos, suavemente, como asas de borboletas. As árvores, vestidas de diversos tons de verde, e as flores, com as suas cores fortes, contemplavam-nos sorridentes. Os pássaros cantavam alegremente lindas melodias que se destacavam no silêncio da paisagem – era a maneira de manifestarem a sua alegria. De tarde, preferia descansar debaixo das videiras, conversar, ler, escrever e dar passeios a pé no meio da natureza. Adorava contemplar o pequeno lago coberto de nenúfares e em que havia rãs e peixes a saltitar – parecia um quadro, só lhe faltava a moldura!

Durante esses dias senti-me outra pessoa: madrugadora, serena, mais sábia e mais feliz…Tinha vontade de ficar ali para sempre. E o mesmo se passava com os meus irmãos que, finalmente, tinham largado os “bichos eletrónicos” que costumavam usar diariamente, trocando-os por atividades simples como correr, nadar, saltar, rir, desenhar e até… fazer palhaçadas!

Esta experiência fez-me pensar que viver no campo pode ser um sonho e também um ato de sabedoria.

 

A Gestora Bucólica

 12º K (Curso Profissional de Gestão)

[RE]VISITAR MATOSINHOS EM FOTOS… MÁRIO REGA VOLTOU À ESAG…

Na passada segunda-feira, dia 9 de dezembro de 2013, na sequência do desafio que mais uma vez lhe lancei, o meu amigo Mário Rega Santos voltou à Escola Secundária Augusto Gomes, em Matosinhos, para nos falar dos seus olhares sobre Matosinhos, os olhares que a sua objetiva vai captando. Contudo, desta vez o desafio estava direcionado para o mar e para duas turmas do sétimo ano de escolaridade, o 7º C e o 7º D  que, no âmbito do projeto “Como na Vida” se encontram a trabalhar num desafio multidisciplinar subordinado ao tema genérico “ O que nos diz o mar?”

Com a generosidade e simplicidade a que há muito nos habituou, o Mário acedeu ao nosso convite/desafio (meu e da Lurdes Lopes) lançado à ”má fila” um pouco em cima da hora e surpreendeu-nos durante 90 minutos com uma grande lição sobre o nosso mar de Matosinhos, os seus pescadores e a faina piscatória em que miúdos e graúdos se deixaram contagiar pelo seu genuíno entusiasmo  e inegável qualidade das fotografias, da sua autoria ou da sua coleção particular, apresentadas.

A História e o Património local, constituem, um inegável laboratório de experiências vividas e, durante esta participação do Mário, isso ficou, uma vez mais, provado.

No final, ainda emprestou a sua máquina para as duas fotos de grupo que se seguem e que constituem, também elas, um testemunho de mais um momento de colaboração com a comunidade educativa da nossa escola. ImagemImagem

Atas do 1º Encontro de Escritores Matosinhenses

A ESAG, no âmbito do projeto “À Descoberta da História e do Património Local”  esteve presente no 1º Encontro de Escritores Matosinhenses organizado pela Câmara Municipal de Matosinhos em junho de 2012. As Atas desse 1º Encontro foram lançadas ontem, 1 de junho, por ocasião da realização do 2º Encontro de Escritores Matosinhenses.

Podem consultá-las em:

Um abraço,

Elvira Rodrigues

Burros – AEPGA

burros

AEPGA – Associação para o Estudo e Protecção do Gado Asinino é uma associação sem fins lucrativos que foi fundada a 9 de Maio de 2001 e tem por objecto social a protecção e promoção do Gado Asinino, em particular a raça autóctone de asininos das Terras de Miranda – Burro de Miranda. Esta associação reúne criadores e admiradores deste gado e contribui para o melhoramento genético e criação de um conjunto de animais de características semelhantes, que actualmente sobrevive no Planalto Mirandês, representando a primeira raça autóctone de asininos de Portugal.

Em linhas gerais, a AEPGA pretende a preservação e aproveitamento desta raça autóctone de forma a salvar um património genético, ecológico e cultural único no nosso país. Pretende-se também re-valorizar a imagem do Burro a nível nacional, particularmente do Burro de Miranda, contribuindo para a recuperação do seu efetivo e potenciação de um modelo de aproveitamento socioeconómico que respeite e preserve o riquíssimo património cultural e natural da região do Nordeste Transmontano.

A AEPGA possui três centros vocacionados para actividades específicas, onde se encontram alojados os animais (burros) pertencentes à Associação.

No centro da Pena Branca, acolhe animais mais velhos, proporcionando-lhes conforto e cuidados de saúde específicos. Atualmente recolhe neste centro cerca de 50 indivíduos.

Podes participar nos seus programas de apadrinhamento, de voluntariado ou em atividades de animação como passeios de burro.

Leituras: África Acima

africaacimaRecusando o transporte aéreo, em autocarros e comboios, em balsas e bicicletas de ocasião, à boleia em camiões ou a pé com a mochila às costas, Gonçalo Cadilhe atravessou África desde o cabo da Boa Esperança, no extremo Sul, até ao Estreito de Gibraltar, no extremo Norte.
Oito meses, quinze países, 27 000 quilómetros e 50 000 palavras resultaram num livro sincero e deslumbrado, em que as amizades, o humor, a tolerância e a humildade conseguem vencer a miséria, a corrupção, as estradas desfeitas e o calor brutal de uma viagem épica por um continente impressionante. Gonçalo Cadilhe redescobre a magia e os mistérios de uma África que continua a fascinar os grandes viajantes.

Gonçalo Cadilhe

Esta viagem por África Acima, deve levar por companhia uma outra viagem, em sentido inverso, de Cabo a Cabo, de Norte para Sul, de Paul Theroux.

Leituras: Gonçalo Cadilhe

PlanisférioPessoalCapa(gd)Planisfério Pessoal conta a volta ao mundo sem usar transporte aéreo que Gonçalo Cadilhe realizou durante 2003 e 2004. Recolhendo as crónicas publicadas na altura, em tempo real, no Expresso, no entanto o resultado final não é uma simples colecção de experiências de viagem. Para lá de todas as peripécias do itinerário ou do contacto com sociedades exóticas, o Gonçalo aborda questões tão diversificadas como a distorção das práticas de cooperação internacional, a indiferença cívica e activista dos portugueses ou a dívida histórica do capitalismo em relação à América Latina. Planisfério Pessoal é ao mesmo tempo profundo mas divertido, informado mas despretensioso, crítico mas optimista, confessional mas reservado. E, fundamentalmente, um convite à viagem, à partilha da viagem e, de um modo geral, a desfrutar da vida de uma forma intensa e deslumbrada.

Obras do autor

Oficina de Inglês

Integrada nas atividades dos “Dias De Encontro” na ESAG, a Oficina de
Inglês revelou-se um momento enriquecedor de partilha de experiências
e vivências. Contou a atividade com a presença de ex-alunos na ESAG e
com o Engenheiro Pedro Vale. É em momentos como este que nos sentimos
mais ESCOLA. Obrigada a todos

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Exposição «Os Poetas e o Mar»

De 5 a 13 de março, está patente na sala da Associação de Estudantes da ESAG, a Exposição «Os Poetas e o Mar», organizada pelas turmas J e K do 10º ano. Esta atividade, realizada no âmbito da disciplina de Português, teve como objetivos motivar para o estudo do Texto Poético, valorizar e divulgar a Poesia e comemorar a Semana da Leitura.

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Teatro: URUBUS

Integrado na oficina de teatro a funcionar na ESAG e com a participação de vários alunos, tem lugar nos próximos dias 22 e 23 às 21:30h e dia 24 às 17:00h a representação teatral URUBUS, na Quinta de Santiago, Leça da Palmeira.

Aparece e apresenta o teu cartão da ESAGImagem

O Alienista

Terça feira, dia 22 de janeiro, às 15:15h e 17:00h temos teatro na ESAG. O ator brasileiro, Gustavo Ottoni apresenta-nos a sua interpretação de um texto de Machado de Assis.

Texto de Machado de Assis

Adaptação, concepção e interpretação de Gustavo Ottoni

“…Em outros termos; demarquemos definitivamente os limites da razão e da loucura. A razão é o perfeito equilíbrio de todas as faculdades; fora daí insânia, insânia e só insânia…”

Partindo dessa premissa, Simão Bacamarte empreende sua jornada e constrói sua teoria a respeito das patologias da mente. Mergulha em sua pesquisa profunda e honestamente, sem imaginar as conseqüências de seus procedimentos. A partir daí constrói e destrói relações, reafirma e critica sua própria teoria, destrói as primeiras conclusões e constrói outras, que por sua vez levarão a outras novas.

Construir e destruir; eis aí uma qualidade humana que a razão nos proporciona. Vivemos sempre nessa via antagônica, construindo e destruindo, para de novo construir, e outra vez destruir, assim desenhando nossa estrada pela História. Me parece que somos o único animal que constrói para depois destruir, isto porque somos dotados da tão exaltada razão, este conceito que nos distingue dos irracionais. E assim não somos? Desenvolvemos o conhecimento nuclear, que gera energia e desenvolvimento em inúmeras áreas, e esse mesmo conhecimento nos possibilita destruir em um átimo. Vivemos a construir nossos amores e famílias, e também a destruí-los em prol de outros amores e famílias. Construímos nossos edifícios, e depois os destruímos para construir outros mais altos. Assim faz Simão Bacamarte na busca das fronteiras entre a razão e a loucura, chegando a destruir seu próprio casamento para – é lógico – depois o reconstruir.

Mas escapou do ilustre médico um pequeno detalhe; não existe tal fronteira. Em seu gigantesco conhecimento, rói um pequeno verme de ignorância. Esta ínfima lacuna é incapaz de ser preenchida, e assim seu destino é a solidão total e absoluta; um sábio encarcerado na Casa Verde de sua sabedoria.

Assim é também minha leitura esquizofrênica de “O Alienista”. Solitário no palco vivo a construir os personagens, mas preciso desmontá-los em favor de outros, mas preciso também voltar aos primeiros, que abandono quando surgem outros novos, e nesse vórtice de personalidades só um destino é possível: a solidão extrema de Simão Bacamarte, encarcerado em sua própria criação. Porém esta solidão não tem nada de solidão; estou com todos os Padres Lopes, todas as Evaristas, todos os Porfírios e Crispins, que são todos os espectadores. E todos somos Simão, buscando sempre separar em nossas mentes, o que é certo e o que é errado, o que é razão e insanidade. E assim continuamos solitários nesse mundo, já que só nós somos possuidores das chamadas “luzes da razão”.

Gustavo Ottoni